segunda-feira, 11 de julho de 2016

NBR 10067.P3 - Princípios Gerais - Cortes

Bom dia pessoal.

Esta terceira parte encerra a explicação desta norma. O foco aqui é a explicação sobre cortes e representação simplificada de peças muito compridas.

O texto esta formatado de forma  a ser lido de forma contínua (estudado) ou consultado. Vai conforme a sua necessidade.

Estou dividindo esta norma em mais post para não ficar algo exagerado e cansativo.
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O que a norma ainda trata que não foi explicado nos outros posts? 

                   Representações de cortes em peças.

Cortes?

                Sim, algumas peças possuem detalhes internos que ficariam confusos sendo representados por linhas tracejadas. Assim a melhor representação seria se a peça fosse cortada ao meio, tirado uma parte dele e olhando a parte interna  como na Figura 21. Devendo ser usada hachuras (riscos inclinados) para representar a superfície que foi cortada, não sendo usado na superfície interna.

Figura 21 – Vistas Em Corte


Mas tem só um tipo de Corte?

                Não é bem assim. Existe o corte total, igual ao feito na Figura 21, em que se corta a peça ao meio, assim como existem variações desse corte como:
               
·         Corte em Desvio
·         Corte Parcial
·         Meio Corte


Me explica esse corte total como que eu desenho isso usando projeções ortogonais?

                Inicialmente escolhe-se uma vista aonde será indicado aonde será feito o corte na peça. Por exemplo se eu quiser cortar uma peça ao meio, a melhor forma de se poder indicar por onde passa a linha de corte é por cima. Assim escolheríamos uma vista superior.
O Corte é indicado através de uma linha estreita traço ponto, larga em suas extremidades, aonde também será indicado o sentido de observação. Por haver dois lados depois do corte deve-se indicar qual será o lado representado, pois se a peça não for simétrica poderá haver diferenças entre eles.
Depois de feita a indicação na vista superior é escolhido o lado da peça que será observado. Para isso rebate-se a peça, com as mesma regras de rebatimento de desenho usado para gerar as vistas “clássicas” (principal, superior, inferior,...) com a diferença que agora todas as arestas representadas serão visíveis e será necessário diferenciar na vista do corte quais superfícies são do corpo da peça que foi cortada e agora é visível e qual é do detalhe interno que se quer mostrar e não foi cortado. Conforme a Figura 22.




Figura 22 – Vistas em Corte
Fonte: (ABNT, 1995)
Figura 23 – Vistas em Corte em desvio
Fonte: (ABNT, 1995)



E os outros cortes? Como é o corte em Desvio?

Esse tipo de corte é usado quando a peça é mais complexa e possuí mais detalhes internos nela para serem representados. Para esse tipo de desenha-se ao invés de uma única linha reta, do começo ao fim da peça, mais linhas, que irão “caminhar” pela peça passando por cima dos detalhes que se quer representar.








Como é o corte Parcial?

É utilizado quando quer-se enfatizar apenas uma parte da peça,é usada uma linha contínua estreita à mão livre ou por uma linha estreita em zigue-zague, conforme a Figura 24.
Figura 22 – Corte Parcial
Fonte: (ABNT, 1995)






Como é o meio corte?


Usado para peças simétricas, aonde é feita na mesma vista a representação de parte dela corta mostrando detalhes internos a outra metade representada de forma convencional, conforme a Figura 25.
Figura 23 – Meio Corte
Fonte: (ABNT, 1995)




Referências Bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10647: Desenho Técnico  Rio de Janeiro, 1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: Princípios gerais de representação em desenho técnico Desenho Técnico  Rio de Janeiro, 1989

FERREIRA, JOEL & SILVA, REGINA M.Telecurso 2000 – Desenho Técnico 1995a Capítulo 6 Editora Globo.


PAULI, Evandro A. de & ULIANA, Fernando S. Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico 1996, página 6, SENAI – ES.

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