quarta-feira, 6 de julho de 2016

NBR 10067.P1 - Princípios Gerais - Rebatimentos

Tudo bom pessoal? 

Para facilitar o entendimento sobre o texto da norma, este material está dividido em tópicos de perguntas e respostas. Espero que não estranhem, mas essa formatação torna a gravação do conhecimento e a procura por tópicos específicos mais simples.

O texto esta formatado de forma  a ser lido de forma contínua (estudado) ou consultado. Vai conforme a sua necessidade.

Estou dividindo esta norma em mais post para não ficar algo exagerado e cansativo.

Esta primeira parte abordará até a diferença entre Primeiro e Terceiro Diedros.
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NBR 10067 Princípios gerais de representação em desenho técnico – Como deve ser executado o Desenho Técnico
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Um projeto de um objeto é qual tipo de Desenho Técnico?

            É um desenho projetivo.

Quais os tipos de desenhos projetivos?

A representação do objeto pode ser feita de duas formas, a primeira próxima como ele é visualizado de formal natural, com três dimensões (perspectiva) ou de forma mais simplificada através de vistas com somente duas dimensões (projeções ortogonais).


No que se baseiam as projeções ortogonais?

            São formas simplificadas de representar um objeto real, que possuí três dimensões: Altura, Largura e Profundidade.  Através de uma representação em duas dimensões com somente a altura e largura.




Como são feitas as projeções ortogonais?

A representação em duas dimensões (projeção ortogonal) se baseia em observar um objeto de forma que não seja visível sua profundidade, mas somente a sua altura e largura, Figura 1 e 2. O objeto pode ser observado dessa maneira de seis possíveis lados: por cima, por baixo, pelo lado esquerdo, pelo lado direito, pela frente e por trás. Ao se escolher um lado os olhos do desenhista devem estar posicionado de forma a não ser possível ver a terceira dimensão que é a profundidade.

Normalmente os projetos são executados com três vistas: frontal, superior e lateral direita. Por essas vistas satisfazerem a maior parte dos projeto, conforme a Figura 3 e 4.


Figura 1 – Representação de Vistas
Fonte: (FERREIRA & SILVA, 1995a)

Figura 2 – Representação de Vistas
Fonte: (FERREIRA & SILVA, 1995a)
Figura 2 – Representação de Vistas
Fonte: (FERREIRA & SILVA, 1995a)

Figura 3 e 4 – Representação de Vistas
Fonte: (FERREIRA & SILVA, 1995a)



O que é a vista principal?

            É a vista que melhor representa a peça. No caso da Figura 3, a vista da peça que melhor representa suas características é a vista em que fica visível o degrau, conforme a primeira imagem da Figura 4, ou a imagem abaixo da Figura 5.


Figura 5 – Vista Principal
Fonte: (PAULI & ULIANA, 1996)



  Como é feita a projeção ortogonal?

       Vamos imaginar a peça da Figura 5 encostada em uma folha de papel, de forma que somente vejamos a face em que está a vista principal. Se quisermos ver a vista lateral direita ou esquerda iremos precisar girar a peça, como se houvesse uma dobradiça a prendendo a folha. Para vermos a lateral esquerda da peça precisamos virar ela para a direita. E caso se quisermos ver a vista lateral direita precisaríamos virar a peça para a esquerda. Se quisermos ver a vista superior precisaríamos virar ela para baixo, e o contrário, virar ela para cima para ver a vista inferior. E caso quiséssemos ver a vista posterior teríamos de virar a vista inferior para cima mais uma vez, ou virar a vista inferior para baixo mais uma vez.
           
 






Qual o número de vista ideal para usar?

            Não há um número mágico, pode ser uma a infinitas, considerando cortes e vistas de detalhes. A norma define como critério para geração de vistas elas:

1.    Usar o menor número de vistas;
2.    Evitar repetição de detalhes;
3.    Evitar linhas tracejadas desnecessárias

Qual a diferença entre os dois tipos de projeção ortogonais?

            É a forma como estarão posicionados os desenhos das outras vistas em relação à vista principal.

Como assim?

            Quando é realizada a representação no Primeiro Diedro as vistas estão posicionadas em relação a vista principal da mesma forma em que o objeto foi girado.
            Em outras palavras, para enxergar o lado esquerdo é preciso virar a peça para a direita, logo a vista lateral esquerda está posicionada no lado direito em relação a avista principal conforme a Figura 6.

Figura 6 – 1º Diedro
Fonte: (Elaborado pelo Autor)
Figura 7 – 3º Diedro
Fonte: (Elaborado pelo Autor)



Quando é realizada a representação no Terceiro Diedro as vistas estão posicionadas em relação a vista principal de uma forma um pouco diferente.
            Ao invés de desenhar as vistas de forma invertida, ou seja a vista lateral direita do lado esquerdo. As vistas estão desenhadas do lado em que elas estão referenciadas. Ou seja a vista direita está desenhada do lado direito da vista principal conforme a Figura 7.

  



Mas como eu sei em qual sistema o projeto está representado?

            Há símbolos na legenda do projeto que indicam em qual diedro foram feitos os rebatimentos do projeto. O símbolo do Primeiro Diedro é conforme a Figura 8 e o símbolo do Segundo Diedro conforme a Figura 9.

Figura 8 – 1º Diedro
Fonte: (ABNT, 1995
Figura 9 – 2º Diedro
Fonte: (ABNT, 1995)

As vistas sempre estarão alinhadas a vista principal?

            A norma prevê uma exceção, quando “não é conveniente ou possível” representar a vista em seu local adequado poderia deslocar ela até outro local da folha. Esse critério é subjetivo ficando da avaliação do desenhista.
            A forma de representar que a vista não está seu local natural,é desenhando uma flecha e ao lado dela uma letra, que serve para “nomear” essa vista. Depois se define um local para a vista e abaixo dela escreve-se a letra que a representa “o nome dela”. Conforme a Figura 10.

Figura 10 – Vistas Deslocadas
Fonte: (ABNT, 1995)



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